Literatura fantástica nacional existe e é boa - Parte 1


 

Esse é um post diferente. Nele eu não farei apenas uma indicação de livro, mas várias. Acho importante que os leitores brasileiros fãs de literatura fantástica conheçam o que o universo literário nacional tem para apresentar. Eu me coloco nesse cenário, tendo uma saga e uma trilogia, ambas de fantasia. É difícil alcançar uma visibilidade maior nesse gênero quando se trata de livros nacionais. A concorrência estrangeira é forte e gera comparações, o que chega a ser injusto, já que a nossa fantasia tem a nossa cara. Quando digo nossa cara, falo da cara do autor que a criou. É impossível para o autor não passar para dentro de sua história algo que é essencialmente dele, seja na construção de um personagem, na descrição de uma cidade ou em um fato corriqueiro. Sou nordestina e aqui na minha terra, entre a velha guarda da literatura parece haver uma regra. Se o livro não falar de seca ou sertão não vale a pena ser lido. Escrever fantasia no Brasil é difícil, no nordeste então nem se fala. Não vou falar de meus livros porque existe uma página sobre eles aqui no blog, então vou apresentar fantasias nacionais que são tão boas quanto as estrangeiras. Umas são consagradas, outras conhecidas e outras nem tão conhecidas, mas que vale a pena conhecer. Vamos lá?

Vamos começar com dois livros clássicos:

O Sítio do Pica-Pau Amarelo, de Monteiro Lobato, é o primeiro. Para além de qualquer polêmica que envolve o autor, a história desse sítio mágico onde a história e o folclore criavam vida foi uma fantasia nacional que encantou muitas crianças.



A Luneta Mágica, de Joaquim Manoel de Macedo, é o segundo. Nele você lê a história de uma luneta mágica que mostra para quem a usa o mal e o bem que habita nas pessoas.

 


Mais contemporâneos, vou citar aqui dois autores que gosto muito e cujas obras já foram consagradas pelo público:

Raphael Draccon e a série Dragões de Éter. Nessa série de quatro livros, o autor cria uma trama em que se misturam personagens dos mais variados contos de fada, jogos e desenhos animados em um universo único. Nele você vai encontrar o herói, a mocinha, o monstro, a fada, a bruxa, reinos e seres mitológicos. Tudo o que uma boa fantasia precisa.



Eduardo Spohr e A Batalha do Apocalipse. Nesse livro, o autor traz cenários épicos e batalhas memoráveis ao mesmo tempo em que passeia por várias fases da história para contar as aventuras do anjo renegado Ablon. Em suas viagens, o anjo enfrenta demônios no inferno, visita a Atlântida e nos leva até o céu.

 


Agora vou apresentar autores menos falados, mas que deveriam ser conhecidos e terem suas obras apreciadas.

Paula Vendramini e a série Devoy. O livro fala de uma sociedade onde cada família nasce com um tipo de poder específico. Narra a história de Celebriant, que nasceu com o poder da destruição e está destinada a ser uma Oculta, mas que não está disposta a cumprir o destino que todos esperam dela. Uma história complexa com personagens envolventes e cheios de camadas. Esta é uma série de cinco livros.

 


Lhaisa Andria e Almakia. Em Almakia, só tem poderes quem vem de família nobre, até que Garo-lin, uma Vilashi de origem humilde surge com o poder do fogo e de repente se vê envolvida em uma trama que busca a disputa pelo poder de Almakia. Ela se une aos temíveis Dragões de Almakia e evolui seus poderes. Mais uma história com uma sociedade complexa, um mundo totalmente criado pela autora com regras e uma geografia própria. A série possui quatro livros.

 


Poderia citar aqui muitos outros livros, mas vou atualizar essa lista e trazer em breve novas indicações.

 

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