Autocrítica


 

Como reagir a críticas? Já falei em outra postagem sobre as críticas negativas e de como elas podem destruir o autor se forem feitas para “detonar” a obra e não para ajudar o autor a crescer e aprender com os erros. Quando a crítica é positiva, tendemos a ficar orgulhosos e felizes, afinal existe uma parcela significativa de leitores que gostaram da obra e que foram tocados por ela. São reações naturais. Eu me lembro de quando cedi meu livro A Profecia de Hedhen para o seu primeiro Book Tour. Para quem não sabe, Book Tour é um tipo de parceria que o autor faz com blogs literários enviando o seu livro para ser lido por uma lista de blogs cadastrados. O livro é passado de um para o outro até chagar de novo nas mãos do autor. Nessa “turnê”, os blogueiros que se comprometeram a ler fazem uma resenha do livro, que pode ser positiva ou negativa. A espera pelas resenhas era angustiante, pois quando você lança o seu primeiro livro ainda não está preparado para críticas.

Mas existe outro tipo de crítica com a qual devemos nos preocupar, e essa se dá durante todo o processo de escrita. É a Autocrítica. Vale lembrar que o primeiro leitor de sua obra será você. Então é sua função analisar o que acha de bom e de ruim no que está criando. Quando eu escrevo, costumo fazer duas coisas. A primeira é criar uma história que eu gostaria de ler, aquela que eu gostaria de encontrar, mas nunca consegui. A segunda é encontrar um leitor beta de confiança que vai ler os capítulos na medida em que são escritos e te ajudar em pontos que você não percebeu. Dessa forma você vai se disciplinando a cobrar de si mesmo e de saber que podem existir falhas no que está escrevendo.

Quando desenvolvemos nossa Autocrítica fica mais fácil lidar com as críticas negativas que vão surgir. Algumas te farão parar e pensar, outras te farão rir, mas dificilmente te farão chorar. Uma das autoras mais criticadas na atualidade é Stephanie Meyer, a autora da saga Crepúsculo. Mas, mesmo sendo tão criticada, seus romances vendem e possuem um público fiel. Lembro-me de que quando o filme foi lançado, todos elogiavam e aguardavam a continuação com expectativa, mas aí começaram as críticas ao tipo de vampiro mostrado na história, daí em diante quem mostrasse gostar da saga era tido como “idiota”. Na minha opinião, Stephanie Meyer é a dona de sua história e ela cria o seu vampiro da forma que quiser. Mesmo assim, vou deixar como indicação um clássico que está sendo alvo de críticas hoje apenas por ter sido citado como o livro preferido de Bella Swann, a protagonista de Crepúsculo. O livro é O Morro dos Ventos Uivantes, de Emily Brontë. Adianto que esse é um clássico e não tem nada a ver com a história de Edward e Bella. O que você vai encontrar é uma história com personagens perturbadores e intensos envoltos em muito drama e suspense. Fica a dica para quem quiser conferir.



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