Resenha 11 - A Batalha do Apocalipse
Há muitos e muitos anos, tantos quanto o número de estrelas no céu, o
paraíso celeste foi palco de um terrível levante. Um grupo de anjos guerreiros,
amantes da justiça e da liberdade, desafiou a tirania dos poderosos arcanjos,
levantando armas contra seus opressores. Expulsos, os renegados foram forçados
ao exílio e condenados a vagar pelo mundo dos homens até o Dia do Juízo Final.
Mas eis que chega o momento do Apocalipse, o tempo do ajuste de contas. Único
sobrevivente do expurgo, Ablon, o líder dos renegados, é convidado por Lúcifer,
o Arcanjo Negro, a se juntar às suas legiões na Batalha do Armagedon, o embate
final entre o céu e o inferno, a guerra que decidirá não só o destino do mundo,
mas o futuro da humanidade. Das ruínas da Babilônia ao esplendor do Império
Romano, das vastas planícies da China aos gelados castelos da Inglaterra
medieval, A Batalha do Apocalipse não é apenas uma viagem pela história humana
– é também uma jornada de conhecimento, um épico empolgante, repleto de lutas
heroicas, magia, romance e suspense.
O livro é nacional, para o nosso orgulho! Eduardo Spohr é o autor dessa obra-prima. Posso dizer que apesar de não ter gostado do desfecho, adorei cada ponto explorado dessa história épica e magnífica. Eduardo Spohr criou uma fantasia com grande apelo visual. Muitos elementos fantásticos criados para esse livro não deixam nada a desejar perante outras obras estrangeiras. Anjos, feiticeiras, deuses de outras religiões, fantasmas. A eterna luta do bem contra o mal é o grande foco que abre espaço para momentos marcantes da história. Entre esses momentos está a construção da torre de Babel, numa sequência de tirar o fôlego.
O livro, como diz o título, aborda o Apocalipse. Existe uma ligação entre os planos material e espiritual, com uma versão nova para os dias da criação que aponta para o desaparecimento de Deus e o sétimo dia que ainda está valendo, pois esse sumiço representa o seu descanso. Segundo a Bíblia, Deus criou o mundo em seis dias e ao sétimo descansou. O livro conta que desde que começou o sétimo dia, a criação vem sendo comandada pelos poderosos Arcanjos, dos quais Miguel é o líder que não quer compartilhar o poder.
Os atos de Miguel levam a uma grande rebelião entre os anjos. Alguns deles, por ficarem ao lado dos homens, foram lançados na terra e caçados. O líder desses anjos é o protagonista da história. Ablon, um querubim e um dos generais do exército celeste, o último dos renegados. E acompanhando as aventuras do Anjo Renegado, somos levados através da história, sendo testemunhas de vários eventos importantes, começando com a queda da Babilônia e terminando no apocalipse.
É uma fantasia épica que enche nossos olhos, com cenários grandiosos, lutas empolgantes e personagens marcantes, como Samira, a feiticeira. Talvez alguém que esteja mais familiarizado com a Bíblia e com a angelologia cristã tenha dificuldade de assimilar e aceitar esse livro. Mas não devemos esquecer que é uma ficção, uma fantasia. O autor não está escrevendo um livro teológico e nem criando uma doutrina nova. Ao colocar Deus em um eterno descanso e todos os acontecimentos da história nas mãos dos arcanjos, a história mexe com bases cristãs estabelecidas. Então, para quem não consegue separar a sua crença real da fantasia descrita em um livro de ficção, é melhor não ler.
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