O terror psicológico de Stephen King


 

O primeiro livro de Stephen King que li foi Carrie. A história me prendeu desde o começo, pois King consegue nos fazer entrar na mente do personagem e viver seus dramas. Dramas esses que sempre acabam por despertar momentos de horror intensos e inesquecíveis. O segundo livro foi O Iluminado. Meu Deus! Eu não conseguia ficar sozinha em ambiente nenhum. Parecia que a psicose do protagonista estava passando pra mim! Stephen King é assim. Ele cria um terror que mexe com você de uma maneira psicológica, mas que ao mesmo tempo te prende às páginas do livro.

Considerado o maior mestre vivo de sustos e terror lento, Stephen King reformulou um gênero inteiro pela força de sua imaginação. Para uma geração de admiradores desse gênero literário, seu próprio nome é sinônimo de horror. Não surpreende que seja assim, dada sua incrível capacidade de produzir episódios intensos e muito reais, sem sacrificar os cenários imersivos no clima de terror crescente, personagens intrigantes e terror implacável.

Ao longo de 40 anos de carreira, King escreveu 61 romances e conduziu várias histórias para a tela grande, incluindo remakes. Ele também ganhou mais prêmios Bram Stoker do que qualquer outro escritor. O prestigioso prêmio do gênero, o Pulitzer de assustador e sepulcral, vem com um troféu cor de osso na forma de uma casa mal-assombrada. King tem treze deles: o suficiente para formar um pequeno bairro assombrado em sua estante ou em sua mesa.

Mas a grande questão é: por onde começo? Se você não conhece e quer dar o seu primeiro passo na obra desse mestre do terror, para ajudá-lo, vou indicar aqui quatro livros. É uma lista pequena, mas inclui, segundo a minha opinião, alguns de seus melhores livros, posso falar deles porque já os li. 

Se optar por algum deles, feliz e assustadora leitura! Deixarei os links das páginas de compra anexados às imagens dos livros, para facilitar caso deseje adquirir algum.

 

1.       Carrie (1974)



O drama de Carrie me manteve presa ao livro até a última página. Eu já conhecia o filme na época, mas nunca havia assistido. No entanto, o livro transmitia o terror psicológico de Carrie de forma tão intensa que ficaria difícil descrever em um filme. Carrie é uma adolescente tímida que sofre muito bullying na escola e mora com a mãe, uma religiosa fanática para quem tudo gira em torno do pecado. O problema é que esse terror psicológico e silencioso vivido pela garota a faz desenvolver um dom telecinético que a leva a controlar as coisas e posteriormente até as pessoas com o poder da mente. Certamente um dos romances de estreia mais bem recebidos já publicados, Carrie é exatamente isso, a história de uma colegial infeliz com poderes telecinéticos e uma mãe abusiva. O terror começa quando ela passa a controlar seus poderes e resolve se vingar violentamente dos colegas que a intimidaram nos últimos anos. 

 

2.       O Iluminado (1977)




Sem dúvida o mais assustador da lista é esse livro. O clima de terror é profundamente psicológico. Você vê toda a história pela ótica de Jack Torrance e parece enlouquecer junto com ele. Facilmente aclamado como um dos melhores livros de Stephen King, O Iluminado foi discutido, debatido e parodiado com tanta frequência que hoje é uma pedra angular da cultura popular. Jack Torrance, um alcoólatra em recuperação, é o novo zelador de um antigo hotel. Esse hotel, durante o inverno fica isolado do mundo, isso quer dizer que durante toda a estação haverá apenas três pessoas morando naquele edifício imenso e vazio. Jack, sua esposa e seu filho. Para surpresa de Jack, o hotel tem um passado sombrio, que logo aparece para jogar com ele, e a chave para tudo isso pode estar em Danny Torrance, seu filho, um menino que possui “o brilho”: uma habilidade psíquica de ler mentes e ver coisas que outros não podem. Este foi o livro que levou King ao estrelato, e por uma boa razão. O Iluminado é o rei da primeira à última página.

 

3.       Christine (1983)




Imagine um rapaz tímido, com baixa autoestima, sofrendo bullying e tendo apenas um amigo na vida, de repente passando a enxergar a vida com outros olhos ao se apaixonar por um carro. O problema é que esse carro não é simpático como o Herbie de Se Meu Fusca Falasse. Christine, o nome que Arnold dá ao carro, é ciumenta e tem a tendência de agir por conta própria. Os problemas só aumentam quando o melhor amigo de Arnold arruma uma namorada. Então o ciúme de Arnold se confunde ao ciúme de Christine e homem e carro parecem não se diferenciar mais. Talvez alguém uma vez tenha dito a King que um romance sobre um carro nunca poderia ser aterrorizante e King respondeu: "Quer uma aposta?" E enquanto um carro parece um vilão improvável, o titular "Christine", um Plymouth Fury vermelho e branco de 1958, é sem dúvida um veículo de terror. E ela de fato tem o adolescente nerd chamado Arnold sob seu feitiço. Os amigos de Arnold podem salvá-lo antes que ele perca completamente a cabeça com essa súcubo de oito cilindros? Coloque o pedal no metal e leia Christine para descobrir.

 

 4.       IT, a Coisa (1986)




No cinema, foram feitos dois filmes para contar a história da luta de um grupo de crianças contra um palhaço assassino sobrenatural. Mas o livro não separa os momentos, mostrando a luta das crianças e depois o reencontro com o terror depois de adultos. Para quem tem fobia a palhaços, não é recomendável ler esse livro e nem assistir ao filme. Tudo começa quando um garotinho, irmão do protagonista, é arrastado para o esgoto por algo sombrio. Um grupo de crianças começa a investigar, no exemplo de Stranger Things, e descobre que A Coisa tem uma origem bem mais antiga. IT é um de seus romances mais complexos e longos até hoje. Segue duas narrativas paralelas: uma ambientada em 1958, quando um grupo de sete crianças encontra e luta contra um monstro no esgoto; e o outro em 1985, quando os sobreviventes retornam à sua cidade de infância para enfrentar velhos demônios. Fora de uma cena de divisão entre as crianças, IT é um exemplo brilhante de um autor escrevendo em seu auge. E, assim que chegar à última página, você pode dizer com segurança que você também sobreviveu a IT.

 


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