Criando mundos de fantasia
Você é um criador de mundos? Se você estiver pensando em escrever uma história de fantasia, mas ainda não sabe como criar o ambiente de seu livro, talvez esse texto te ajude a dar os passos iniciais. Aprender a criar um mundo de fantasia que pareça real para os leitores é fácil quando você segue alguns passos:
1. Imagine um mundo físico
Criar um mundo físico é o primeiro passo. Mas como fazer isso? Afinal, eu ainda vou usar a minha imaginação. Sim, estará, mas a sua imaginação precisa passar algo crível para o leitor sentir que está pisando em algo sólido. A razão pela qual alguns autores de fantasia usam mapas é porque o ato de mapear fisicamente o mundo lhe dá mais veracidade e solidez. Se você não sabe desenhar mapas, pode fazer anotações em vez disso, contanto que tenha uma noção de seu mundo como um lugar físico que tem limites. Aprenda a fazer um esboço e desenvolver elementos da história, como cenário e enredo.
2. Dê regras concretas a esse mundo
É preciso manter certo controle sobre o mundo que você criou. Você mantém essa consistência construindo e escrevendo regras para ele. Essa adesão às regras irá reger todos os aspectos do seu mundo ficcional, mas, para dar certo, ele tem que parecer consistente. Quer você baseie seu mundo de fantasia em lendas ou história real, como a Europa medieval, o Japão feudal ou outra cultura, ou invente-o inteiramente de sua própria cabeça, todos os aspectos devem ser consistentes com o mundo que você criou. Você não pode quebrar suas próprias regras senão vira bagunça.
3. Pense no tom de seu mundo de fantasia
O tom ao qual me refiro, é o tom da linguagem. Caso sua história se baseie em lendas medievais, por exemplo, seria interessante usar um tom mais dramático e que condiz com os contos de fada e histórias lendárias. Explicando melhor, vamos pegar o exemplo de Game of Thrones. Apesar do ambiente medieval e heroico, a crueldade, vileza, ganância e apetite sexual são as características mais proeminentes, o que dá aos personagens um linguajar mais rude e impróprio. Mas se sua história destaca as questões de lealdade, honradez e moralidade, seus personagens falarão em um tom mais voltado para o heroico.
4. Pense com cuidado na magia, na sociedade, na política e na religião
Você não vai poder escapar desses temas. Invariavelmente eles irão surgir uma hora ou outra. Então aconselho pensar sobre eles antes que isso aconteça e te surpreenda, autor. A magia talvez seja o mais fácil de se criar, pois ela vai se basear em algo que só terá que ser desenvolvido, como o tema dos quatro elementos por exemplo. A sociedade pode ser pensada de uma forma hierárquica para ficar mais fácil, talvez uma construção no sistema de castas. A política vai ter muito a ver com a história de fundo, pois é ela que vai movimentar as peças do tabuleiro. A religião pode ser inventada, assim como a magia, mas isso não impede que seja inspirada em alguma religião já existente.
5. Desenvolva uma boa história de fundo
É fundamental que a história que permeia o seu mundo seja capaz de sustentar todos os atos e movimentos feitos pelos personagens. Quanto mais elementos a história tiver, mais crível ela parecerá. Criar povos e espalhá-los pelo mapa, criando uma história para cada um, que vai se entrelaçar com a história principal leva tempo e reflexão. Mas a história tem que estar bastante enraizada no enredo principal e parecer real aos olhos de quem lê.
6. Não crie personagens clichê.
Crie personagens fortes, com personalidades definidas, temores reais, insegurança e coragem. Faça-os parecer com pessoas de verdade, dê sentimento a eles. São esses personagens que estarão perambulando pelo seu mapa e vivendo a história que você decidiu contar, então tenha o cuidado de não mostrá-los como fantoches.
Mais um texto que eu espero que seja útil para você que quer escrever fantasia, mas não sabe como começar. Vou deixar como dica de hoje o livro As Crônicas de Nárnia. É interessante ver como C. S. Lewis trabalhou as regras do mundo de Aslam, suas lendas e culturas.
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