Vamos falar de Hans Christian Andersen?


 

Procurei uma obra ou autor que pudesse expressar o sentido da infância para postar nesse dia 12 de outubro. Não queria falar sobre os Irmãos Grimm e seus contos de fada, pois estou planejando isso em outro momento, mas um nome surgiu. Um autor que é um queridinho pra mim. Ele escreveu algumas de minhas histórias favoritas. O primeiro filme que meus pais me levaram para assistir foi um conto dele. As Roupas Novas do Imperador. Estou falando de Hans Christian Andersen, o verdadeiro criador de Thumberlina e Ariel.

Hans Christian Andersen é um dos escritores infantis mais queridos de todos os tempos. Seus contos de sereias, patinhos, demônios e imperadores foram traduzidos para mais de cem idiomas e encantaram as mentes e os corações das crianças ao redor do mundo. Embora as crianças não possam mais ler os contos de fadas de Hans Christian Andersen na forma original, elas certamente conhecem seus contos através das produções cinematográficas e animadas em diversas versões, além de peças de teatro, balé e musicais. Essa é uma prova do poder de Hans Christian Andersen como contador de histórias e de sua inegável contribuição na psique coletiva do Ocidente.

Andersen é indispensável ao mundo ocidental. Suas histórias cheias de significados e moral são claras e diretas. A humanidade tem o péssimo hábito de se afastar de suas mensagens de amor, força e autenticidade. Não importa sua idade, é sempre uma boa ideia ler algumas das histórias de Andersen para renovar seu compromisso com tudo o que há de bom no mundo. E precisamos disso.

Sua capacidade de escrever histórias com uma mitologia rica e fantástica, capturando a essência dos contos folclóricos tradicionais, garantiu que seus leitores de qualquer idade permanecessem cativados.  Andersen pode nos fazer ver um palácio de gelo, uma floresta de algas marinhas, um rouxinol mecânico, um rei nu vestido com roupas imaginárias, uma princesa em uma torre de colchões sobre uma ervilha, e essa habilidade permitiu que os Contos de Fadas contados por ele tivessem um encantamento tão duradouro. Os Contos de Fadas de Hans Christian Andersen foram impressos desde  o seu início, muitas vezes foram editados e adaptados, filmes foram feitos deles, trilhas musicais e balés coreografados.  Andersen escreveu uma vez a um amigo que queria “tentar conquistar as gerações futuras” e, sem dúvida, conseguiu.

Agora vamos dar uma olhada em alguns de seus contos mais famosos.

 

1. A Pequena Sereia

A Pequena Sereia de Andersen é provavelmente sua obra mais popular. Existe uma estátua de bronze da Pequena Sereia na capital de Copenhague, e ela atrai milhares de turistas maravilhados todos os anos. A Pequena Sereia tornou-se um símbolo não oficial da capital dinamarquesa há mais de 100 anos. Mais ou menos como aqui em Fortaleza nós temos Iracema, com estátuas espalhadas como se fosse uma guardiã da cidade. Existem grandes diferenças entre o conto original de Andersen e o desenho da Disney. Ela não se chama Ariel e tem apenas 10 anos no início da história. Além disso, o final de Andersen não é tão feliz quanto o do filme.

 

2. A Rainha da Neve

“A Rainha da Neve” ganhou enorme popularidade devido ao sucesso do filme da Disney  Frozen, que foi vagamente baseado no conto original de Hans Christian Andersen de 1845. No entanto, se os executivos da Disney não dissessem que olharam para o conto de Andersen em busca de inspiração, provavelmente nem mencionaríamos  Frozen  e “A Rainha da Neve” na mesma frase. Muitos críticos elogiam “A Rainha da Neve” como uma das melhores histórias de Andersen. Certamente é um de seus enredos mais longos e intrincados, tão longo que é oficialmente dividido em sete “capítulos”. O coração da história diz respeito a uma menina e um menino: Gerda e Kay. Um dia infeliz, Kay é atingida por fragmentos de um espelho mágico que foi quebrado por demônios. Esses fragmentos fazem Kay ver tudo e todos através das lentes da negatividade e do ódio. Eventualmente, a malvada Rainha da Neve captura Kay, então cabe a Gerda viajar para a fortaleza da Rainha da Neve e salvar seu amigo antes que ele morra. Isso mesmo, não há Ana, Elsa ou Olaf no conto original! Mas isso não significa que você deve se afastar desta leitura fabulosa. O conto de Andersen tem uma mensagem comovente sobre o poder salvífico do amor e o triunfo do bem sobre o mal.

 

3. O Patinho Feio

Esta pequena história, publicada em 1843, foi talvez a mais próxima do coração de Andersen. Andersen concebeu a ideia para esta história da transformação de um pato feio em um lindo cisne enquanto relaxa em uma ilha dinamarquesa. Enquanto apreciava a belíssima paisagem natural, a história começou a se formar na mente de Andersen e, após um ano de trabalho incansável, ele finalmente produziu sua obra-prima. Muitas pessoas acreditam que o “pato feio” nesta história é uma representação simbólica do próprio Andersen. Se você já viu uma foto de Andersen, então você sabe que ele era um homem bastante magro com um nariz grande. Andersen era frequentemente provocado em sua juventude, especialmente quando tentava cantar em apresentações locais. “O Patinho Feio” é uma história sobre sua própria transformação de um adolescente desajeitado em um autor adulto maduro, refinado e bem-sucedido.

 

4. As Roupas Novas do Imperador

Este conto tornou-se internacionalmente amado por sua sagacidade e mensagem poderosa sobre o confronto com a autoridade. De qualquer forma, o conto resultante é uma exposição clássica sobre a vaidade humana e o medo esmagador da rejeição social. A história é muito simples: dois tecelões contam a um imperador egocêntrico que inventaram um luxuoso tecido invisível apenas para a elite. Intrigado com suas sugestões, o Imperador decide vestir a “roupa invisível” e desfilar pela cidade em um cortejo. É preciso a coragem de um garotinho para apontar que o Imperador está realmente sem roupas. Hoje, dizer que o “Imperador está nu” tornou-se uma expressão familiar para apontar uma verdade óbvia que outros não querem admitir por medo do ridículo social.

 

5. Thumbelina (Polegarzinha)

Uma menina pequena, uma mãe amorosa, uma grande aventura. Isso é o que Thumbelina chama à mente, a de uma mulher sem filhos que esperava com força suficiente que o universo lhe desse uma filha pequena, não maior que um polegar, daí o nome. Devido as aventuras e desventuras vividas pela pequena heroína e o quanto ela tem que suportar até finalmente encontrar o amor verdadeiro e ser feliz, fazem desse conto de Andersen um dos mais controversos em questão de crueldade e simbolismos.

 

Vou deixar como indicação um livro de contos de Andersen para você ler para seus filhos antes de dormir. São contos traduzidos dos originais dinamarqueses. 



 

 

 

 

 

 


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