Resenha 16 - A Última Guerreira


 

Hoje eu quero falar sobre um livro muito especial para mim. Ele possui uma história. Por muito tempo eu pesquisei e estudei sobre as guerreiras amazonas, mas nunca havia encontrado nenhum livro a respeito. Um dia, vasculhando o refulgo de uma livraria que estava para fechar as portas, encontrei um livro que me encantou primeiramente pela capa. Era escura, sombria, e no centro estava a figura de uma guerreira amazona. O título era A Última Guerreira. Li a sinopse e me alegrei no mesmo instante. Ali estava um livro que reconstruía com maestria a vida e os costumes da grande nação Amazona que lutou contra Atenas na ocasião do rapto de sua rainha Antíope pelo herói Teseu, rei daquela cidade. Minha alegria durou pouco, pois eu estava sem dinheiro para comprar. A livraria fechou e eu não consegui mais encontrar aquele livro em lugar nenhum. Até cheguei a sonhar com ele! Então abriu uma nova livraria no lugar da anterior. Fui sondar em um dia mais financeiramente feliz e ali estava ele! O livro esperava por mim. Estava destinado a mim. Ele foi especial, pois ajudou a imaginar as heroínas de minha saga e moldá-las como guerreiras valorosas. Antíope, Eleutera e Selene. Três nomes que integram o meu rol de personagens preferidos. Agora vamos ao livro.

A Última Guerreira foi escrito por Steven Pressfield, um autor já conhecido por escrever livros de guerras como O Espírito do Guerreiro e Portões de Fogo, este último uma ficção sobre os 300 de Esparta. É um livro difícil de encontrar. Havia um projeto de James Cameron para levá-lo às telas, mas foi abandonado. A história é contada por narradores diferentes, mas isso não atrapalha, pois torna a história mais abrangente.

O livro conta a história de Selene, uma amazona que sobreviveu após a guerra contra Atenas e se entregou para ser escrava do inimigo para permitir que Eleutera, sua rainha, fosse salva para manter a nação das amazonas em pé, mesmo após a derrota. Vivendo como escrava, Selene foge ao saber que Eleutera precisa de sua ajuda, desencadeando uma caçada movida ao seu encalço. Durante essa caçada, Ossos, a jovem filha do senhor de Selene, relembra as palavras da amazona enquanto contava para ela e sua irmã a história de sua nação e de como foram levadas para a guerra contra os gregos, enaltecendo a imagem de sua rainha raptada Antíope como uma mulher nobre e corajosa. A maior parte do livro se desenvolve a partir das palavras de Selene. Através delas vemos com admiração a vida e a relação de amor e ódio que une Antíope e Eleutera. Uma nobre e sábia, e a outra selvagem e impetuosa. O que chama a atenção no livro, para quem tem estômago forte, é a crueldade da guerra e a violência que ela provoca. O quadro criado por Steven Pressfield é tão realista que nos faz achar que ele está falando de fatos históricos comprovados e não de mitos. A maneira como ele recria os costumes das amazonas, sua religião, suas regras sociais, suas cerimônias de iniciação é surpreendente. Ao final do livro, ficamos com uma ponta de tristeza e saudosismo, assumimos os sentimentos de Ossos, que foi a ouvinte principal dessa história.

Dito isso tudo, está mais do que claro que a minha classificação é cinco estrelas. Vou colocar o link anexado à imagem, mas não sei se ainda está disponível. Caso não esteja, a capa servirá para que possam encontrá-lo em outras livrarias.



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